126 anos não é para qualquer um. Viva D. Maria Olívia

A Dona Maria Olívia é uma senhora muito simpática. Em seus 126 anos de vida - isto mesmo, 126 anos de vida - a Dona Maria Olívia deixa qualquer um de "queixo caído". Lúcida, gosta de conversar e contar coisas da sua vida. Faz questão de frizar que adora tirar fotografias e de saborear suco de caixinha, da marca Purity. Perguntada qual é o segredo para chegar até esta idade, ela simplesmente responde que o segredo é comer muita banana.

Maria Olívia da Silva, completou 126 anos dia 28 de fevereiro de 2.006. Moradora ilustre do Distrito de Içara, em Astorga. Ela nasceu em Itapetininga-SP no dia 28 de fevereiro de 1880, conforme consta dos seus documentos.

Em sua vida, Dona Maria Olívia, teve a oportunidade de "presenciar" fatos importantes da história do Brasil. A libertação dos escravos, a proclamação da República, dentre tantos outros acontecimentos que marcaram também o mundo.

Ao longo de sua vida, teve uma boa infância. Casada duas vezes, ela deu a luz à 10 filhos naturais e, ainda, criou outros 4. Vivos restam 3. Orgulha-se em falar deles e cita nomes de alguns.

Parabéns à Dona Maria Olívia. Parabéns pela vida! Que antes de tudo, ela seja respeitada e tenha condições dignas de vida e não seja tratada como um mero produto em exibição.

Veja registro no livro dos recordes (Rankbrasil). http://www.rankbrasil.com.br/2004/mariaolivia/default.asp

Texto sobre D. Maria Olívia.
http://anamariaramos.multiply.com/reviews/item/97
http://www.cosmo.com.br/brasilemundo/integra.asp?id=141525

Matéria do Jornal O Diário do Norte do Paraná - 12/07/2006
Vida longa com banana e Coca-Cola


Por: O Diário do Norte do Paraná
Fotografia: Cleber França

Aos 126 anos de idade, Maria Olívia da Silva, tida como a mulher mais velha do Brasil, revela que o segredo da longevidade é comer uma banana por dia e beber Coca-Cola. Que não escutem os médicos que não recomendam o consumo diário do refrigerante com alto teor de açúcar. Ela mora com o filho caçula Aparecido Honório da Silva, 59, em Içara, distrito localizado a cerca 5 km de Astorga com cerca de 1.050 habitantes. É hoje uma cidadã ilustre do município. No aniversário, em 28 de fevereiro, recebe visitas de pessoas de várias regiões do Brasil e do exterior.A dieta de Dona Olívia se resume a arroz, feijão, frango ao molho e banana. A bebida preferida é mesmo Coca-Cola. Ela adora o refrigerante. “Sempre comi uma banana por dia e gosto muito de Coca-Cola”, conta.Edna Pereira do Santos, 50, que toma conta de Dona Olívia, afirma que a “vózinha” come bem pouco. No almoço ou no jantar é uma colher de arroz e outra de feijão.A rotina de Dona Oliva é acordar às 8 horas. Vai tomar o café da manhã com café e biscoito. Banho de sol no em frete à casa até as 10 horas. Logo em seguida vem o almoço. Até as 14h30, hora de mais uma caneca de café com biscoito, Dona Olívia vai novamente para o terreiro. Ela caminha em ruas próximas à residência em alguns dias da semana. O jantar é servido às 15h30. Até as 19 horas, horário que ela costumar dormir, permanece dentro de casa em companhia do filho caçula. Dona Olívia passa a maior parte do dia sentada em uma “cadeira de área” com almofadas. Ela caminha devagar e recorre a uma bengala. A visão está comprometida devido às cataratas. O intestino está preguiçoso e ela tem muita dificuldade em evacuar.“Tem hora que imagino a minha vida e choro com medo de não poder ir mais à frente. Quero viver mais, muito mais”, disse Dona Olívia. Ela diz temer a morte.Dona Olívia é reconhecida como a mulher mais velha do Brasil. Alguns conhecidos ainda tentam fazer com que ela seja reconhecida como a mais velha do mundo pelo Guiness Book, o livro do recordes. De acordo com o filho, a mãe trabalhou na roça até 1985, ano em que sofreu um acidente de carro na estrada entre Centenário do Sul e Porecatu e ficou cerca de 8 meses hospitalizada.Ela conseguiu se aposentar. O salário mínimo que ganha é a principal fonte de renda da casa. Algumas pessoas ajudam na compra de alimento e medicamentos. Com a memória falha, Dona Olívia não consegue lembrar direito a vida passada. O filho caçula é que guarda as recordações da mãe. Ele diz que ela teve 14 filhos – quatro são adotivos e Silva é um deles – e tem hoje cerca de 384 netos, bisnetos, trinetos, tataranetos e até quatro pentanetos.Dona Olívia nasceu em Itapetininga (SP). Casou-se duas vezes. A primeira com 12 anos de idade – teve um filho - e a segunda aos 28. O segundo marido, Benedito Honório, morreu em 1964. Ela tem três filhos vivos. E. X.Xarope foi registrado em 1886Maria Olívia da Silva nasceu antes mesmo da Coca-Cola chegar ao mercado, refrigerante que ela adora. O farmacêutico John Styth Pemberton inventou o famoso xarope que deu origem em 1886 a uma das bebidas mais consumidas do mundo. O xarope era vendido na Jacob’s Pharmacy, em Atlanta, nos Estados Unidos. Tratava-se de uma caramelada e colorida solução misturada com água que prometia curar males da alma e do corpo. A Coca-Cola reconhece 8 de maio de 1886 como o dia em que foi vendido o primeiro vidro. Em 1891, Pemberton enfrenta dificuldades financeiras e vende a famosa e secreta fórmula a um outro farmacêutico, Asa Candler, que cria a The Coca-Cola Company.Apesar de imitada, a fórmula original do refrigerante permanece como um dos segredos mais bem guardados da indústria e em torno dessa história prevalece muitas lendas e mitos que apenas reforça o sucesso do negócio.Brasil vivia momentos históricosQuando Maria Olívia da Silva nasceu o Brasil ainda se preparava para dois fatos históricos e passava por profundas revoluções sociais e econômicas que mudariam o perfil do país. Destque para o movimento abolicionista que na década de 1880 seria premiado com a extinção da escravidão. Antes disso, em 1885, foi aprovada a “Lei do Sexagenários” que beneficiou negros com mais de 65 anos. Mais tarde, em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea, assinada pela princesa Isabel, deu fim à escravidão no País. Em 15 de novembro de 1889 foi proclamada a Independência do Brasil, que marcou o fim da monarquia e do poder de Dom Pedro II e o início do governo republicano do Marechal Deodoro da Fonseca.