Wednesday, July 12, 2006

Astorga entre os 10 piores

Deu no Estado de S. Paulo

O que fazer???

Pesquisa da FGV aponta atraso em sites de prefeituras
Levantamento indica que muitas administrações municipais ainda não sabem explorar com profundidade seus serviços na internet

SÃO PAULO - A empresa de tecnologia Software AG e o TecGov-FGV (Centro de Estudos em Tecnologia de Informação para Governo, da Fundação Getúlio Vargas) fizeram uma pesquisa sobre sites das prefeituras brasileiras.

Analisando os serviços, conteúdos e informações disponibilizados pelos sites das prefeituras de cerca de 300 municípios, a pesquisa constatou que o Brasil está significativamente atrasado no uso de tecnologias de informação e comunicação no governo.

"Os investimentos no Brasil têm sido feitos em tecnologias já ultrapassadas, gastando-se recursos limitados em soluções que inviabilizam um nível mais avançado de serviços à sociedade", explica Norberto Torres, professor do TecGov/FGV e responsável pelo projeto.
Segundo ele, este atraso tecnológico leva o governo a operar com baixa eficiência interna nas relações com a sociedade e nos serviços prestados, com altos custos econômicos.

Estudo detalhado

A pesquisa do TecGov abrangeu cerca de 300 municípios brasileiros e foi realizada durante quase quatro meses. Foram contempladas todas as capitais, as grandes cidades e municípios de diversas faixas de população sorteados aleatoriamente.

O estudo foi realizado com base em mais de 220 variáveis de análise, avaliadas por técnicos especialmente treinados para o levantamento.

Foram elaborados sete tipos de visão para abranger as diversas categorias de variáveis: grau de relacionamento com o cidadão, nível de e-democracia, nível de governo eletrônico, nível detalhado de governo eletrônico, papéis estratégicos da Tecnologia de Informação, tipo de conteúdo ou serviço e usabilidade.

Como um dos produtos do projeto, foi criado o IDGEM-WS - Índice de Desenvolvimento de Governo Eletrônico Municipal - Websites. Esse índice foi calculado com base em uma composição de indicadores específicos relacionados ao uso de websites para oferta de conteúdos e serviços pelas prefeituras municipais à sociedade.

Foram considerados aspectos como nível operado de governo eletrônico, nível de relacionamento com cidadãos e empresas, nível de e-democracia percebido, nível de uso estratégico das tecnologias de informação e comunicação, e carteira de serviços oferecidos.

Além disto, foi desenvolvido também o IU-WSM - Índice de Usabilidade dos Websites (Sítios) Municipais, calculado com base em uma cesta de variáveis relacionadas ao nível de usabilidade de websites.

Cada variável utilizada para avaliação dos websites foi categorizada segundo temas de interesse típicos relacionados ao nível de conteúdos e serviços em websites, como, por exemplo, presença básica na web, conhecendo o município, notícias, utilidade pública, planejamento, orçamento e ações do governo municipal, legislação, normas, estatutos, políticas, interação, cadastros, emissão de documentos, inscrições, registros e solicitações, atendimentos, serviços aos cidadãos e empresas, entre outros.

Cada município analisado recebeu uma pontuação em cada variável selecionada para análise, com a seguinte graduação de nível atingido na cidade: muitíssimo fraco ou inexistência (0), muito pobre (1), fraco (2), bom (3), muito bom (4) e excelente (5).

Para efeito de comparação, o TecGov estipulou a nota máxima de 10 pontos, que representa o website ideal, contemplando satisfatoriamente todas as variáveis analisadas na pesquisa.
No entanto, a média geral dos municípios brasileiros atingiu apenas 1,3 pontos, nota muito distante do ideal e que mostra o tamanho do atraso do País no uso de tecnologias no governo. A cidade de São Paulo, que ocupa o 1º lugar do ranking, apresenta nota de 3,29, considerada insatisfatória.

Destaques

As cidades foram listadas em um ranking geral de acordo com a média das notas obtidas em cada categoria da pesquisa: grau de relacionamento com o cidadão, nível de e-democracia, nível de governo eletrônico, nível detalhado de governo eletrônico, papéis estratégicos da Tecnologia de Informação, tipo de conteúdo ou serviço e usabilidade.

No ranking geral dos 10 primeiros colocados, a cidade de São Paulo está em 1º lugar, com 3,29 pontos, seguida por São Carlos (SP) - 2,61, Curitiba (PR) - 2,59, Ipatinga (MG) - 2,58, Jaraguá do Sul (SC) - 2,44, Foz do Iguaçu (PR) - 2,40, Esteio (RS) - 2,36, Navegantes (SC) - 2,32, Bauru (SP) - 2,30 e Cachoeiro de Itapemirim (ES) - 2,26.

Os 10 municípios que obtiveram as piores notas são: Riacho de Santana (BA) - 0,42, Macapá (AP) - 0,56, Astorga (PR) - 0,58, São Gonçalo do Amarante (CE) - 0,61, Barnabuiú (CE) - 0,61, Entre Rios (SC) - 0,62, Piripiri (PI) - 0,62, São Gotardo (MG) - 0,63, Santarém (PA) - 0,63 e Victor Graeff (RS) - 0,64.

A pesquisa constatou que as prefeituras estão muito aquém dos estágios viáveis de serviços de alto impacto para suas comunidades. "Um dos principais problemas na administração pública de forma geral, e mais acentuada ao nível dos municípios, é a morosidade e a burocracia nos processos administrativos e de atendimento ao cidadão", diz Torres.

Links relacionados:

Fundação Getúlio Vargas - EAESP
http://www.eaesp.fgvsp.br/Interna.aspx?PagId=DLMMMKQJ&ID=70
Noticenter
http://www.noticenter.com.br/0606/edicao50/pesquisa_cidades.htm
Softex
http://www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=7807&sid=4

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