Wednesday, August 02, 2006

FPA é notícia no O Diário


Deu no Jornal O Diário do Norte do Paraná

A propósito da matéria, a Faculdade Palas Atena de Astorga já tem nova Adminitração Judicial. O Prof. Bener Luis Turini é o novo Administrador Judicial que terá a incumbência de resgatar a credibilidade que a FPA até o ano 2005 desfrutava em toda a região.



Faculdade poderá ser fechada por denúncias contra seu administrador
Eduardo Xavier

Grupo quer assumir faculdade

Professores e alunos pedem na Justiça afastamento do administrador da Faculdade Palas Atena, Jair Longuinhos Ramos, e se propõem assumir a instituição



Um grupo formado por professores, alunos, funcionários da Prefeitura e da Cooperativa Nova Produtiva pediram na Justiça o afastamento do administrador da Faculdade Palas Atena (FPA), Jair Longuinhos Ramos, para assumir o controle da instituição.

O grupo justifica que as acusações feitas nos últimos anos contra Ramos e à faculdade, que vêm sendo apuradas pela polícia, podem levar ao fechamento da única instituição de ensino superior da cidade.

"Estamos esperando a decisão da Justiça para assumir a administração com o objetivo de resgatar a credibilidade da faculdade", afirmou o professor Bener Luís Turini.

Segundo o professor, docentes e funcionários administrativos da instituição estão com quatro meses de salários atrasados. A faculdade enfrente ainda problemas com fornecedores.

Berner diz que a comissão espera assumir a administração da instituição para prestar constas à Justiça e levantar outras possíveis irregularidades praticadas pela faculdade.

Uma das medidas emergenciais que devem ser tomadas pela comissão caso assuma a administração é fazer a análise de casos de alunos que pagaram mensalidades e começaram ser cobrados pelo cartório de protestos.

Cobrança

A juíza substituta de Astorga, Renata Maria Fernandes Sassi, concedeu, dias depois dos alunos procurarem a polícia, uma liminar que sustou os protestos de estudantes que reclamavam da cobrança duplicada.

Após dezenas de alunos registrarem Boletim de Ocorrência para denunciar o fato, a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. Até o momento ninguém foi indiciado.

O delegado de Astorga, José Aparecido Jacovás, tomaria anteontem o depoimento do responsável pelo departamento financeiro da FPA, Renato Rigon, mas ele não compareceu. Rigon será intimado novamente.

Conforme Jacovás, Ramos já foi ouvido pela polícia e alegou falhas no sistema de cobrança da faculdade e admitiu que a instituição passa por uma crise financeira.

Ramos, administrador judicial da FPA, é investigado pela polícia desde 2004. Dois ex-sócios o acusam de falsificar uma alteração contratual que os retiram da sociedade e por desvio de dinheiro. A Polícia Federal apura a hipótese da faculdade fazer lavagem de dinheiro.

A FPA de Astorga possui por volta de 230 alunos e 25 professores. Há um campus da instituição na cidade de Chopinzinho (PR).

Ramos afirmou que não poderia comentar a ação movida pelo grupo, com professores e alunos da instituição como integrantes, que pede seu afastamento porque ainda não foi notificado sobre o caso pela Justiça.

ENTENDA O CASO

Dois ex-sócios FPA denunciaram Jair Longuinhos Ramos na polícia, em 2004, por falsificação de alteração do contrato social da empresa que os retiraram da sociedade.

Os dois ex-sócios também acusam Ramos de desviar recursos da instituição. Um dos casos teria ocorrido numa compra de livros para a biblioteca da faculdade.

Em novembro de 2005, o Ministério Público Federal solicitou o inquérito aberto pela Polícia Civil para investigar a possibilidade da faculdade fazer lavagem de dinheiro.

No mês passado, alunos da FPA procuraram a polícia para registrar queixa de cobrança de mensalidades pagas.

A polícia apura a possibilidade da FPA ter recebido antecipadamente do banco as mensalidades, de ter recebido valores na própria faculdade e não repassar o montante à instituição financeira que encaminhou nomes de alunos que constavam como devedores para cobrança via cartório de protestos.

Essas acusações, somadas ao atraso de quatro meses de salários de professores e funcionários administrativos e de não-pagamento de fornecedores, levaram a comissão a pedir o afastamento do administrador da FPA.

Fonte: Polícia Civil

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